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"É triste pensar que a natureza fala e que o género humano não a ouve." (Victor Hugo)

sábado, 28 de janeiro de 2012

Beluga

Delphinapterus leucas.

    ¹A beluga ou baleia branca é um parente do golfinho. Ele cresce até aproximadamente 6 metros de comprimento e vive nas águas do Ártico, frequentemente nadando até os rios.
    Sob a água a baleia branca "conversa" através de uma série de asobios, ganhando por isso o apelido dos baleeiros de "canário-do-mar". Uma das baleias com dentes,  a beluga, se alimenta de peixe, camarões, moluscos e caranguejos.
    As baleias brancas já foram vistas em enormes cardumes de 10.000 indivíduos, mas a pesca de baleias reduziu muito sua quantidade. Normalmente elas se movem em grupos de cerca de uma dúzia. Sua principal inimiga é a baleia assassina.

 

    ²A baleia branca (beluga) usa a sua cor branca para se misturar com o gelo de onde habita.
    Vivem entre 25 a 30 anos e as fêmeas têm no máximo cerca de oito filhotes durante a sua vida, sendo que demora
 de 4 a 7 anos para as fêmeas adiquirem a maturidade sexual, e que leva 7 a 9 anos para os machos.  A gestação da fêmea da baleia branca, dura cerca de catorze meses.  Os filhotes são capazes de nadar, juntamente com suas mães desde o nascimento. A mãe fornece proteção e orientação para os filhotes, que são totalmente dependente do leite da mãe durante um ano, mas o aleitamento dura de 1,5 a 2 anos.  Os filhotes de baleias branca nascem com a pele cinza, depois escurece ainda mais até ficar quase negra, só quando chega a maturidade é que ficam brancos.
    Calcula-se que existem no total 50 mil baleias branca (belugas) em todo o mundo. No século passado, as baleias brancas diminuíram muito por causa da caça, pois utilizavam sua carne, gordura e pele (é o único cetáceo cuja pele pode ser utilizada como couro).
    As baleias brancas (belugas) vivem em grupos de mais ou menos 10 elementos, mas durante as migrações podem unir-se formando grupos de 200 a 10 mil!
    O nome deste animal tem origem na palavra russa "belukha" que significa, "branco".
 



 ³Belugas em festa   
A cativante coreografia de verão das baleias brancas

    Nadar por 10 meses em águas geladas faz qualquer mamífero ansiar por um pouco de calor. Mesmo quando se trata de espécies que jamais deixam o Oceano Ártico em busca de zonas mais quentes, como as belugas (deuphinapterus leucas), a menor, mais branca, mais simpática e mais falante de todas as espécies de cetaceos. Em grupos grandes, de cem a mil indivíduos, as belugas permanecem em alto-mar de setembro a junho, quando o frio toma conta das altas latitudes, transformando a superfície do oceano em uma perigosa combinação de imensas plataformas de gelo marinho cortadas por labirintos de fendas e buracos para respirar. Mal o gelo derrete, as baleias brancas se dirigem aos seus endereços de veraneio, em fiordes, baías, canais e estuários rasos das costas do Canáda, Alasca, Groenlândia, Noruega e Rússia, atrás de temperaturas mais agradáveis.
    Tanta simpatia colocou a espécie entre as preferidas para exibição pública em aquários. Mas a principal ameaça à espécie é mesmo a caça para consumo da carne, do óleo e da pele. Muito antes de atrair turistas para observação, o veraneio das belugas em águas rasas, sempre nos mesmos locais, chamou a atenção de caçadores. Vestígios arqueológicos indicam o consumo desses cetáceos pelos primitivos thule, que habitaram o Ártico cerca de 800 anos antes do que os inuit, habitantes nativos do Alasca e Norte do Canadá. No final do século 19, em todas as terras do Círculo Ártico, as belugas eram mortas aos milhares. Apenas em Somerset, entre 1874 e 1898, pelo menos 10 mil belugas foram mortas por baleeiros escoceses, e suas peles usadas para fazer cordões para botas e capotas de carruagens. no Alasca, o empresário Joseph MacGill caçou belugas de 1915 a 1921 com uma estratégia infalível: ele esperava os granes grupos entrarem pela foz do rio Cook na maré cheia e então fechava a passagem com uma rede e matava todos os animais a tiro, na maré baixa. Ele usava a pele das baleias para fabricar luvas. na Noruega, a caça das baleias se prolongou até 1955 e na Rússia ainda é permitida.
    No Canadá, atualmente, apenas os inuts são autorizados a caçar, mas não há restrição quanto ao número de indivíduos. E em todo o Ártico persiste a competição de pescadores profissiopnais e baleias pelo pescado, pois belugas consomem vários peixes de interesse comercial em grandes quantidades, incluindo os valorisados salmão e bacalhau. Mesmo assim a espécie passou de 'vulnerável' para 'próximo de ameaçada' na última revisão da União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). De acordo com Randall Reeves, coodenador do Grupo de Especialistas em Cetáceos da IUCN, entrevistado via e-mail, "as contagens recentes, feitas sobretudo por avião, mostraram que algumas populações são mais numerosas do que antes foi estimado, assim, globalmente, a espécie não se qualifica como 'vulnerável', embora algumas populações estejam sob pressão regional por superexploração, epresentando declinio". A revisão elevou o total de belugas de cerca de 50 mil para 200 mil indivíduos.
    "A caça é, de longe, o maior problema hoje, pois o homem pode matar milhares de belugas em curtos períodos de tempo, quando elas procuram águas rasas para se proteger dos predadores naturais, para conseguir alimento e aproveitar as águas mais quentes dos rios", afirma o especialista britânico Tony Martin, do Instituto Durrel, Universidade de Kent. Os predadores naturais dessas baleias são ursos polares - que as matam quando sobem para respirar em buracos no gelo - e orcas, que as caçam em alto-mar.
    Durante quatro verões, Martin esteve em Somerset para observar o comportamento das belugas e também monitorou alguns indivíduos por meio de telemetria. Descobriu a profundidade do mergulho das belugas - até mil metros - muito maior do que inicialmente se imaginava.
    "Elas mergulham assim fundo porque conseguem. E assim pegam presas fora do alcance de outros predadores que não vão tão fundo, como ursos e aves", explica, em entrevistas via e-mail à Terra da Gente. Segundo ele, pesquisas realizadas em cativeiro revelaram uma grande variedade de sons emitidos pelas belugas, justificando o apelido de "canários do mar". "Não temos uma decodificação desses sons, mas certamente há gritos de alerta e chamados para acasalamento entre eles", continua. E também foram identificadas 'frases' e gestos específicos de mãe para filhote. 
    Ninguém sabe bem por onde as belugas no outono, inverno e primavera ou se migrão para uma determinada região para acasalamento, pois nestas estações é muito frio e escuro e as pesquisas são prejudicadas. Aparentemente o acasalamento ocorre entre fevereiro e abril e o período de gestação é de 14 meses. Os filhotes, isso é mais conhecido, nascem praticamente ao mesmo tempo, durante o mês de junho, podendo variar um pouco mais, do final de maio ao inicio de julho, no caso das populações subárticas.
    A mesma fêmea tem apenas uma cria a cada 3 anos.
    
Menor e Mais branca 
    A beluga é o único cetaceo inteiramente branco. Também é a única espécie conhecida do gênero Delphinapterus. Pertence à família Monodontidae, na qual só faz parte mais uma espécie, de gênero diferente - o narval (Monodon Monocerus).
    Metade do seu peso é gordura, percentual bem maior do que da maioria das baleias (20%). A grossa camada de gordura garante o isolamento térmico no gélido inverno ártico.

¹Enormes Mamíferos
    Também são conhecidas como "papagaios do mar", devido aos asobios que produzem. Uma caracteristica muito interessante dessa espécie é que ela pode virar o péscoço, para dar uma espiada no que se passa ao seu redor.

REINO: Animalia;
FILO: Chordata;
CLASSE: Mammalia;
ORDEM: Cetacea;
FAMÍLIA: Monodontidae;
ESPÉCIE: Delphinapterus leucas.

Fontes:
¹- Chinery, Michael. Enciclopédia de animais. EDELBRA editora.
²-http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/baleia_branca.htm
³-John, Liana. Revista Terra da Gente. Fevereiro de 2009.
¹-de Oliveira, Elvira. Mistérios do Mar. Coleção DE OLHO NO MUNDO, RECREIO.

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